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Para intensificar as tentativas de controlar os usuários de
sites similares ao Twitter, a imprensa oficial da China disse em um
comunicado oficial que rumores da internet e redes sociais, como o
serviço de postagem em 140 caracteres do microblog, são mais
prejudiciais à saúde do que drogas como heroína e cocaína.
Segundo o
The Guardian,
o comentário foi publicado pela agência oficial de notícias Xinhua.
Nele, o governo explica que, apesar desses tipos de drogas causarem
danos irreversíveis à saúde, os boatos do mundo virtual são piores
porque "envenenam o ambiente e afetam a ordem social".
Em outro site, o People's Daily Online, o comunicado anuncia: "Rumores
da internet são drogas: favor resistir e ficar longe deles", no qual
sugere que pessoas inscritas em redes sociais podem gerar sérios danos à
sociedade tanto quanto os drogados.
Com o objetivo de manter a "ordem" e deter os boatos supostamente
criados por vários internautas, o governo chinês obrigou os serviços de
microblog a registrar os nomes reais dos usuários e deletar contas que
ultrapassam os limites estabelecidos pela China. As autoridades afirmam
que estão cada vez mais preocupadas com a velocidade com que a
informação pode se espalhar, num país que tem hoje 300 milhões de
pessoas cadastradas nesse tipo de serviço.
Especialistas acusam a China de querer calar as críticas nas redes
sociais e fazer com que não se acredite em nada do que está nesses
sites, além de alguns mecanismos serem usados para anular comentários e
reprimir histórias sensíveis. Por outro lado, o comunicado publicado no
Xinhua acusa os usuários de inventarem escândalos sobre outras pessoas e
espalharem notícias perturbadoras, "com a finalidade de provocar
problemas e prejudicar a sociedade".
As autoridades chinesas já estipularam que, quem infrigir as ordens
impostas, poderá ser multado em até 500 iuans (cerca de R$ 140 reais), e
caso for pego divulgando informações supostamente falsas será condenado
com uma pena de cinco anos de prisão.
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